24 de julho de 2013

O relógio 2

Diante do caos conservemo-nos serenos. Organize sempre tudo o que puder, nunca menos. Para arrumar é preciso tirar as coisas de ordem. Desde o instante em que se arruma já se começa a bagunçar.

Eu me lembro muito bem da primeira vez que li um poema que me impressionou. Foi aos 9 anos de idade, em um livro didático. Muito além das histórias (bobinhas) que estava acostumada a encontrar em livros, estava Cassiano Ricardo com sua intensa representação do seu impulso de morte. Duas décadas depois de conhecer o poema, eu faço uma versão com um pouco do meu impulso de vida: não consigo me acomodar com nada, procuro sempre algo para evoluir, nem que seja a bagunça da minha casa. E sempre me flagro pensando que para arrumar eu precisei bagunçar, mas mesmo assim valeu a pena. E a vida prossegue.