11 de junho de 2018

Cada livro na estante é um sonho a realizar

Porque toda vez que quero aprender algo novo, compro livros!
Confesso que adoro comprar livros. Quando olho para a minha estante, tenho a sensação de que nunca vou conseguir ler todos os livros que preenchem aqueles quase 10 metros com títulos fotografia, psicologia/neurociência, culinária e tricô. Mas sempre que me interesso por algum assunto (e isso costuma acontecer mais vezes do que eu gostaria), costumo comprar bons livros para estudar. Quem me dera se cada vez que um livro novo chega todo seu conteúdo se instalasse imediatamente na minha cabeça, como um download

Mas como essa mágica infelizmente não é possível, eu estou sinceramente interessada em honrar todo esse investimento (ou custos afundados?) e ler todos os livros. Curioso que durante uma pesquisa para as palavras do dia no meu projeto de fotos desse ano no instagram, encontrei o trabalho genial de uma ilustradora Anjana Iyer, da Nova Zelandia. Ela cria ilustrações para palavras sem tradução direta para o inglês. Entre essa palavras, está o "tsundoku", que em japonês significa "ato de comprar livros e não lê-los, apenas para acumular uma pilha de livros não lidos".

Ilustração de Anjana Iyer

O conceito do tsundoko é próximo da bibliomania, que é a mania de acumular livros com algum comprometimento das relações sociais. Eu gosto mais da palavra bibliofilia, que tem a ver com "devorar livros". 

Nesse sentido, encontrei algumas reportagens interessantes. A primeira é do coach Charles Chu que afirma que é possível ler 200 livros por ano ou 500 páginas por dia: 

Read 500 pages like this every day. That’s how knowledge works. It builds up, like compound interest. All of you can do it, but I guarantee not many of you will...

Que triste. Nos meus 36 anos eu li uns 250 livros. Como esse cara consegue em um ano? Então vou citar uma proposta um pouco mais realista: ler 5 páginas por dia. Acho que esse eu cumpro com facilidade: 
  • Regra Nº1: Nunca deixar de ler as 5 páginas todo dia custe o que custar. (Se por algum desastre não for possível, esse número dobra a cada dia não lido. Mas o contrário não acontece, ou seja, ler 20 hoje não permite que você não leia amanhã.)
  • Regra Nº2: Nunca parar no meio de um tópico ou subcapítulo
De acordo com o pequeno guru Sylvio Ribeiro, com essas regras, é possível ler uns 12 livros por ano.  O que eu queria mesmo era ler pelo menos 50 páginas por dia. Será que consigo diminuir minha infotográfavel bagunça tsundoku? Me segue no skoob para descobrir: vou marcar lá todos os livros que conseguir ler. ;) 




6 de março de 2017

Continue sonhando



Eu vi um amigo desaprender a sonhar. Aquele cara, que antes tinha tantas histórias engraçadas para me contar, hoje prefere ficar em silêncio. Como dói ver uma pessoa que tinha tantas metas e objetivos se confinar dentro de uma rotina sabor contra cheque com um toque de "ainda bem que hoje é sexta" de funcionário mediano de uma empresa. Viver para ser feliz no sábado, passar metade do domingo dormindo e achar que está tudo perfeito. E tentar não encontrar a si mesmo nos dias úteis para a dor ser menor.

Deve ser mais fácil ser assim. E mais sem graça também. Mas a maioria das pessoas faz assim, então é normal. Como faço para ter meu amigo com olhos brilhantes de volta?

O meu maior sonho é ser competente o suficiente para fazer com que os meus sonhos se tornem realidade na mesma velocidade que eles surgem na minha cabeça. Equação difícil para essa nossa vida curta!

Mas acho que não estou sozinha nessa, vi um video legal do Prince Ea para neste.com e legendado em português pela Casa da Legenda super alinhado com o que estou escrevendo aqui:


E também este video do filósofo e professor da PUC-SP  Mario Sergio Cortella sobre a vida muito interessante:

14 de março de 2016

Sobre como chocolates ajudam a aprender a escrever

Filhinha fazendo lição de casa:
- Mamãe, agasalho é com Z ou SS?
Oh, Gosh. Eu respiro fundo tentando disfarçar como este tipo de pergunta sem alternativa correta deixa todas as minhas células preocupadas.
- Mas Bruna, agasalho tem som de S ou Z?
- De S?
(Vixe, como saio dessa cilada?)
- Você escreve zebra com S ou Z?
- Com Z.
- E casa?
- Com S.
- E os dois tem sons parecidos de Z, né?
- Sim. zzzz igual da abelha no gibi.
Uhuuuu! Aí eu até fiquei inspirada:
- Bruneca, as vezes o S parece que é Z. É igual ao chocolate branco, parece chocolate mas não é. O S de sapato é o chocolate ao leite, é o básico e que parece S. Mas os dois S de passarinho são como o chocolate amargo, um som de S mais forte, que nunca vai ser Z.

Isso me fez lembrar de ter visto várias palavras com grafia diferente da nossa na Itália e da sensação que eu estava lendo aquelas zoeiras do orkut "odeiu kem ixcrevi açim"

Os idiomas latinos são parecidos, mas possuem suas peculiaridades. A coZinha naCional em italiano é um bom exemplo disso.

15 de fevereiro de 2016

Mais um aniversário



Meu aniversário foi há mais de um mês. E faz uns 3 meses que estou com umas abas abertas no meu navegador esperando que eu finalmente escrevesse este texto. Estava mesmo pensando nisso, acho que estou desanimada para escrever aqui porque acho que os blogs serão extintos! Parece que ninguém mais lê blogs, eles são um formato que foi substituído pelas redes sociais. Como se fosse muita gente falando e pouca gente escutando, uma comunicação que não se concretiza.

Mas a idéia (neste instante percebo que estou ficando velha, "ideia" não tem mais acento mas eu escrevo automaticamente com acento, como meu avô escrevia "ele" com acento circunflexo no primeiro "e" e eu achava que ele havia escrito errado... ok, vou ter que me adaptar!) para este post era reunir as poesias sobre aniversário que eu mais gosto (e finalmente poder fechar as abas! sim, eu ainda uso muito mais o notebook do que outros portáteis, sou das antigas haha)

Tudo começou com a apresentação de fim de ano na escola da minha filha. Eles cantaram "Tempos modernos" do Lulu Santos e recitaram o poema de Mario Quintana, chamada "O tempo":

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas! 
Quando de vê, já é sexta-feira! 
Quando se vê, já é natal... 
Quando se vê, já terminou o ano... 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. 
Quando se vê passaram 50 anos! 
Agora é tarde demais para ser reprovado... 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... 
Seguraria o amor que está à minha frente e diria que eu o amo... 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


A geração touch screen pode ficar facilmente durante horas entretida com um tablet ou celular, o que torna ainda mais curioso ver crianças de 8 anos falando com tanta consciência sobre o tempo. Me fez lembrar de um poema de Cassiano Ricardo, "O Relógio", que li também com mais ou menos essa mesma idade da época escolar e até hoje me marcou.

"Diante de coisa tão doida
Conservemo-nos serenos
Cada minuto da vida
Nunca é mais, é sempre menos
Ser é apenas uma face
Do não ser, e não do ser
Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer."


E também no fim do ano passado,  alguém que não me lembro quem compartilhou no facebook um especial da Folha para comemorar 80 anos da morte (???) de Fernando Pessoa, com um Quiz que identifica qual heterônimo do poeta é mais parecido com você. Meus atuais 34 anos me permitem um nível de autoconhecimento um pouco maior do que tinha na época que gostei da poesia de Cassiano Ricardo. (Ufa!) E assim pude ler com novos olhos (ou velha alma) alguns poemas de Álvaro Campos e é simplesmente genial como o poeta consegue captar a passagem do tempo em seus versos:

(trecho do poema "Aniversário", de Álvaro Campos)
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, 
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, 
De ser inteligente para entre a família, 
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. 
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. 
Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida. 

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, 
O que fui de coração e parentesco. 
O que fui de serões de meia-província, 
O que fui de amarem-me e eu ser menino, 
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... 
A que distância!... 
(Nem o acho... ) 
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!


(trecho do poema "Aproveitar o tempo", de Álvaro Campos)
Aproveitar o tempo! 
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro. 
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto. 
Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste. 
Aproveitar o tempo! 
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos. 
Aproveitei-os ou não? 
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?! 


E o que para mim é o mais denso e o que eu mais gosto, um trecho da "Tabacaria"

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Por esses motivos, posso dizer que amo nosso idioma português. Que delícia de versos! E mesmo que ninguém leia, continuarei escrevendo! :)









24 de julho de 2013

O relógio 2

Diante do caos conservemo-nos serenos. Organize sempre tudo o que puder, nunca menos. Para arrumar é preciso tirar as coisas de ordem. Desde o instante em que se arruma já se começa a bagunçar.

Eu me lembro muito bem da primeira vez que li um poema que me impressionou. Foi aos 9 anos de idade, em um livro didático. Muito além das histórias (bobinhas) que estava acostumada a encontrar em livros, estava Cassiano Ricardo com sua intensa representação do seu impulso de morte. Duas décadas depois de conhecer o poema, eu faço uma versão com um pouco do meu impulso de vida: não consigo me acomodar com nada, procuro sempre algo para evoluir, nem que seja a bagunça da minha casa. E sempre me flagro pensando que para arrumar eu precisei bagunçar, mas mesmo assim valeu a pena. E a vida prossegue.


14 de outubro de 2012

Personalidade ENFP

Durante meu curso de graduação, fui bolsista do CNPq e fiz uma pesquisa sobre a personalidade dos estudantes do curso de contabilidade. Descobri que existe um tipo de personalidade comum no curso e que é exatamente o oposto da minha.

Como faz quase 10 anos que realizei esse estudo, outro dia resolvi refazer o teste de personalidade para ver se o resultado seria diferente.

E...

... continua a mesmíssima coisa.

De acordo com o Myers Briggs Type Indicator, eu sou uma ENFP. Isso quer dizer que sou uma pessoa que aceita os outros como são, sem julgamentos e preconceitos. Gosto de ouvir tudo e mais um pouco do que as pessoas tem a dizer e entender o que faz as pessoas agirem como agem. Sempre sei quem é a pessoa certa para fazer alguma coisa. O ponto forte desse tipo de personalidade é ter a mente aberta para coisas novas. O ponto fraco desse tipo de personalidade é ter a mente aberta para coisas novas.

Sim, a grande qualidade é também o pior defeito. Por exemplo: meu marido toma o mesmo café da manhã todos os dias desde a infância: café com leite e pão com manteiga. A ENFP aqui logo enjoa de tomar o mesmo café da manhã todos os dias e precisa sempre inventar algo novo para não desistir do café. Eu mesma me forço a sair da minha zona de conforto de tempos em tempos. Depois de 30 anos, não sei mais o que inventar de manhã. haha

Tenho um tipo de curiosidade insaciável. Sempre quero aprender mas normalmente me interesso por várias coisas ao mesmo tempo. Não me sinto muito confortável presa a uma rotina. E sempre gosto de deixar as possibilidades abertas para usar quando for o melhor momento. Aprender estimula a minha criatividade, me sinto mais viva quando posso criar.

Mas apesar do defeito, gosto da minha personalidade. É divertido criar sempre coisas novas. 

O que vamos inventar hoje?

Curioso? Faça o teste de personalidade também!

8 de outubro de 2012

Muito além do Harry Potter

Ler é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. Raramente leio livros da moda, somente quando quero entender  o que determinado autor faz para ser sucesso de vendas. Gosto de ler livros que me ensinam algo novo ou histórias que por algum motivo me chamam a atenção.

Em algumas épocas compro muitos livros e passo tempos sem comprar (muito) até conseguir ler boa parte do que eu comprei. Costumava guardar todos mesmo depois de lidos, mas começou a faltar espaço e sobrar poeira na minha prateleira. Então decidi me desfazer de todos os livros que já li, sempre que termino de ler um livro alguém é presenteado com ele.

Esse esquema de ler e passar o livro em frente me agrada muito, parece que a vida flui melhor. Livros lidos parados na estante que nunca são consultados merecem ser lidos por outras pessoas também!

Gosto de ler livros de papel, mas recentemente descobri uma vantagem nos tablets: posso ler deitada antes de dormir sem estar com a luz do quarto acesa. Será que força demais a vista?

Vou usar o blog para compartilhar minha opinião sobre alguns desses livros que li. Sim, sou persistente. Se começo a ler um livro, leio até o fim mesmo que não me agrade.

O primeiro livro sobre o qual quero comentar é "Para ler como um escritor: um guia para quem gosta de livros e para quem quer escrevê-los" da americana Francine Prose, publicado por Jorge Zahar Editor em 2008. Comprei esse livro em 2008 (eu escrevo a data de compra na contra capa) e só consegui ler no começo de 2012. Ainda está comigo, vou manter esse livro até aparecer alguém realmente interessado nele!




Francine Prose é professora de literatura e criação literária em diversas faculdades norte-americanas e nesse livro ela traz muitos conselhos para quem quer escrever melhor, entre palavras, frases e parágrafos. Fica claro que para a autora, um bom escritor é também um excelente leitor. Certamente, o maior conselho que ela transmite nesse livro é a leitura atenta de todos os contos do escritor russo Anton Tchekhov. Confesso que ainda não li nada desse grande contista, mas já está na minha lista de leituras a realizar.

A autora também sugere uma lista de livros de leitura essencial para a formação de qualquer escritor. Boa parte dos livros não tem versão em português, mas acredito que ler em inglês não é um problema para a maioria das pessoas.  Eu já li pouquíssimos livros dessa lista e confesso que fiquei curiosa só pelo título de alguns, como os de Packer (Drinking coffee elsewhere) e Richard Price (Freedomland). Compartilho a lista com vocês:

- Akutagawa, Ryunosuke.  Contos fantásticos
- Alcott, Louisa May. Mulherzinhas
- Anônimo. A canção de Rolando
- Austen, Jane. Orgulho e preconceito
- Austen, Jane. Razão e sensibilidade
- Bábel, Isaac. O exército de cavalaria
- Baldwin, James. Vintage Baldwin
- Balzac, Honoré de. Prima Bette
- Barthelme, Donald. Sixty Stories
- Brodkey, Harold. Quatro histórias ao modo quase clássico
- Baxter, Charles. Believers: A Novella and Stories
- Beckett, Samuel. The Complete Short Prose, 1929-1989
- Bowen, Elizabeth. The house in Paris
- Bowles, Jane. Duas senhoras bem-comportadas
- Bowles, Paul. Paul Bowles: Collected Stories and Later Writtings
- Brontë, Emily. O Morro dos ventos uivantes
- Calvino, Italo. As cosmicômicas
- Carver, Raymond. Where I'm Calling From: Selected Stories
- Carver, Raymond. Catedral
- Cervantes, Miguel de. Dom Quixote
- Chandler, Raymond. O sono eterno
- Cheever,  John, The stories if John Cheever
- Díaz, Junot. Afogado
- Dickens, Charles. Bleak House
- Dickens, Charles. Dombey and Son
- Dostoievski, Fiodor. Crime e castigo
- Dybek, Stuart. I Sailed With Magellan
- Eisenbergm Deborah. The Stories (So far) of Deborah Eisenberg
- Elliot, George. Middlemarch
- Elkin, Stanley. Searches and Seizures
- Fitzgerald, F. Scott. O grande Gatsby
- Fitzgerald, F. Scott. Suave é a noite
- Flaubert, Gustave. Madame Bovary
- Fox, Paula. Desesperados
- Franzen, Jonathan. As correções
- Gallant, Mavis. Paris Stories
- Gaddis, William. The Recognitions
- Gates, David. The Wonders of the Invisible World: Stories
- Gibbon, Edward. Declínio e queda do Império Romano
- Gogol, Nikolai. Almas mortas
- Green, Henri. Doting
- Green, Henri. Loving
- Hartley, L. P. O mensageiro
- Hemingway, Ernest. Paris é uma festa
- Hemingway, Ernest. O sol também se levanta
- Herbert, Zbigniew. Selected Poems
- James, Henry. Retrato de uma senhora
- James, Henry. A volta do parafuso
- Jarrell, Randall. Pictures from an Institution
- Johnson, Denis. Angels
- Johnson, Denis. Jesus' Son
- Johnson, Diane. Le Divorce
- Johnson, Diane. Persian Nights
- Johnson, Samuel. The life of Savage
- Joyce, James. Dublinenses
- Kafka, Franz. O processo
- Kafka, Franz. A metamorfose
- Le Carré, John. Um espião perfeito
- Mandelstam, Nadezdha. Hope against Hope: A memoir
- Mansfield, Katherine. Collected Stories of Katherine Mansfield
- Márquez, Gabriel García. Cem anos de solidão
- Márquez, Gabriel García. O outono do patriarca
- McInerney, Jay. Bright lights, Big City
- Melville, Herman. Bartleby, o escrivão
- Melville, Herman. Benito Cereno
- Melville, Herman. Moby Dick
- Milton, John. Paraíso perdido
- Munro, Alice. Selected Stories
- Nabovok, Vladimir. Lectures on Russian Literature
- Nabovok, Vladimir. Lolita
- O'Brien, Tim. The things they carried
- O'Connor, Flannery. É difícil encontrar um homem bom
- O'Connor, Flannery. Collected Stories
- O'Connor, Flannery. Sangue sábio
- Packer, ZZ. Drinking Coffee Elsewhere
- Paustovsky, Konstantin. Years of Hope: The Story of a Life
- Price, Richard. Freedomland
- Proust, Marcel. No caminho de Swann
- Pynchon, Thomas. O arco-íris da gravidade
- Richardson, Samuel. Pamela: Or Virtue Rewarded
- Roth, Philip. Pastoral Americana
- Roth, Philip. Novels and Stories: 1959-1962
- Rulfo, Juan. Pedro Páramo & Chão em chamas
- Salinger, J. D. Franny e Zooey
- Shakespeare, WIlliam. Rei Lear
- Shteyngart, Gary. O pícaro russo
- Sófocles. Édipo Rei
- Spencer, Scott. A Ship Made of Paper
- St. Aubyn, Edward. Mother's Milk
- St. Aubyn, Edward. Some Hope: A Trilogy
- Stead, Christina. O homem que amava crianças
- Steegmuller, Francis. Flaubert and Madame Bovary: A double portrait
- Stein, Gertrude. A autobiografia de Alice B. Toklas
- Stendhal. O vermelho e o negro
- Stout, Rex. Plot it yourself
- Strunk, William e E.B. White. The elements of style
- Taylor, Peter. A Summons to Memphis
- Tchekhov, Anton. A life in letters
- Tchekhov, Anton. Contos de Tchekhov
- Tolstaya, Tatiana. Sleepwalker in a Fog
- Tolstoi, Liev. Anna Karenina
- Tolstoi, Liev. A morte de Ivan Ilitch
- Tolstoi, Liev. A sonata de Kreutzer
- Tolstoi, Liev. Ressureição
- Tolstoi, Liev. Guerra e paz
- Trevor, William. The Children of Dynmouth
- Trevor, Willian. The collected stories
- Turguêniev, Ivan. Primeiro Amor
- Twain, Mark. As aventuras de Huckleberry Finn
- Von Kleist, Heinrich. A marquesa de O - e outras histórias
- West, Rebecca. The birds fall down
- West, Rebecca. Black lamb and grey falcon: a journey through Yugoslavia
- Williams, Joy. Escapes
- Woods, James. Broken Estate: essays on literature and belief
- Woolf, Virginia. On Being III
- Yates, Richard. Revolutionary Road

E Italino Moriconi foi convidado pelo editor para fazer uma lista dos livros brasileiros essenciais:

- Abreu, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga
- Alencar, José de. Iracema
- Almeida, Manuel Antonio de. Memórias de um sargento de milícias
- Amado, Jorge. Tenda dos milagres
- Andrade, Mário de.  Macunaíma
- Azevedo, Aluísio. O cortiço.
- Buarque de Holanda, Sérgio. Raízes do Brasil
- Callado, Antônio. Reflexos do baile
- Cardoso, Lucio. Crônica da casa assassinada
- Carvalho, Bernardo. O sol se põe em São Paulo
- Cony, Carlos Heitor. Quase memória
- Cunha, Euclides da. Os sertões
- Denser, Márcia. Animal dos motéis/ Diana caçadora
- Dourado, Autran. Ópera dos mortos
- Drummond de Andrade, Carlos.  Prosa completa
- Fagundes Telles, Lygia. As meninas
- Figueiredo, Rubens. Barco a seco
- Fonseca, Rubem. A coleira do cão
- Fonseca, Rubem. A grande arte
- Freyre, Gilberto. Casa-grande & Senzala
- Guimarães Rosa, João. A hora e a vez de Augusto Matraga (in Sagarana)
- Guimarães Rosa, João. Grande sertão: veredas
- Guimarães Rosa, João. O recado do morro (in No Urubuquaquá, no Pinhém)
- Hatoum, Milton. Dois irmãos.
- Hilst, Hilda. Ficções.
- João Antônio. Malagueta, Perus e Bacanaço.
- Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma
- Lins do Rego, José. Fogo morto.
 - Lins, Osman. A rainha dos cárceres da Grécia
- Lisboa, Adriana. Um beijo de Colombina
- Lispector, Clarice. A paixão segundo G. H.
- Lispector, Clarice. Laços de família
- Machado de Assis. 50 contos (org. John Gledson)
- Machado de Assis. Dom Casmurro
- Machado de Assis. Memorial de Aires
- Machdo, Aníbal. A morte da porta-estandarte e outras histórias
- Marques Rebelo. A estrela sobe
- Nabuco, Joaquim. Minha formação
- Nassar, Raduan. Lavoura arcaica
- Nava, Pedro. Baú de ossos
- Noll, João Gilberto. A fúria do corpo
- Pena, Cornélio. A menina morta
- Piñon, Nélida. Fundador
- Pompéia, Raul. O Ateneu
- Queiroz, Rachel de. Memorial de Maria Moura
- Ramos, Graciliano. Memórias do cárcere
- Ramos, Graciliano. São Bernardo
- Ribeiro, Darcy. Maíra
- Ribeiro, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro
- Rodrigues, Nelson. Teatro completo
- Sabino, Fernando. O encontro marcado
- Sant'Anna, Sérgio. Um crime delicado
- Santiago, Silviano. Histórias mal contadas
- Santos, Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores crônicas brasileiras

É claro que essa gigante de lista de livros é apenas uma referência para quem tem a pretensão de se tornar um bom escritor. A qualidade do seu texto não está ligada apenas ao que você lê. 

E para quem não tem o hábito de escrever, eu acredito que essa lista de livros pode ajudar na escolha de um novo livro na biblioteca ou livraria. Não tenho nada contra Harry Potter ou O Crepúsculo ou os tons de cinza. Os autores desses livros tem seus méritos por criarem personagens cativantes e misturarem mundos fantásticos com a realidade de uma maneira irresistível. Mas também é uma delícia ler obras de escritores que estão mais preocupados em escrever bem do que em vender livros, como os clássicos Machado de Assis e Clarice Lispector.

29 de setembro de 2012

O que eu escrevo atualmente?

Frequentemente me perguntam se eu publiquei algum livro depois do Adolescente de A a Z e eu, sentindo que poderia ter escrito muito mais desde 1998 (!!!), sou obrigada a responder que publiquei um livro em 2004 que deixou de ser editado e mais nenhum outro.

Muita coisa mudou na minha vida entre o Adolescente de A a Z e hoje, mas a escrita ainda faz parte da minha vida apesar de não ter lançado mais livros e atualmente escrevo nos meus blogs! Já conhece todos?

Saratonina Fotografia - sobre meu trabalho fotográfico
Amo ser fotógrafa!



Comer Saúde - receitas gostosas que não engordam
Amo comida saudável!


Viagens de Saratonina  - fotos das minhas viagens e dicas sobres os lugares que visitei
Amo viajar!


Pullip Club - fotos das bonecas da minha coleção
Amo colecionar essas bonecas!


Aliás, o mundo mudou completamente nesses 15 anos. Na época em que publiquei o Adolescente de A a Z, as pessoas estavam começando a ter endereço de e-mail. Tanto é que nem falo nada sobre internet no meu livro e hoje é impossível pensar em adolescentes que não usam a internet. Tenho planos de publicar um livro digital entre o fim desse ano e o começo do ano que vem. Bem no estilo contemporâneo, disponível para download. Será que dá certo?


Uma sessão de fotos diferente

Essa semana fiz umas fotos numa versão Branca (Japa) de Neve para usar no meu perfil de escritora no facebook e outros sites!



O que vocês acharam das fotos? Clique aqui para curtir meu perfil no facebook!

24 de agosto de 2012

Já usou uma caneta até o fim?


Sou uma escritora das antigas,  que gosta de escrever com papel e caneta. Quando escolho uma caneta, uso até o fim ou até ela secar. Essa Bic foi ótima parceira. Pena que se foi.